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Será que só resta aos brasileiros resmungarmos frente às políticas públicas e frente aos eventuais erros e às omissões daqueles que foram encarregados pelo governo de colocá-las em prática, mas que atendendo a orientações políticas ultrapassadas, teimam em remar em sentido contrário?



Será que só nos cabe, de dois em dois anos, votar naqueles ou naquelas em quem nos mandarem votar?

Será que foi para isso que lutamos pela democracia, por eleições diretas, para eleger Lula presidente?

Será que não podemos esperar algo melhor ?

A minha queixa é exatamente essa:

Será que nós todos que há quarenta anos ou mais, lutamos por mudanças nesse país, só temos direito de reclamar e resmungar?

Ou vendo por outro lado, será que temos o direito de fazer só isso?

Será que tendo na mão o conhecimento do acesso à Internet, tendo na mão o conhecimento que temos o direito de ficar amuados, brabos, putos da vida e descontentes com o Lula e com os demais que a ele se ligaram no governo, fugindo de nossa tarefa de com os meios que forem possíveis, buscar organizar o povo brasileiro para dar saltos maiores do que os "pulinhos" que demos até agora?

Sou obrigado a lembrar a todos que , para 25 milhões de pessoas que deixaram a classificação técnica da miséria, os "pulinhos" com Lula foram verdadeiros saltos.

E que no Nordeste o PIB cresceu a taxas chinesas.
E em alguns estados, quase dobrando a taxa chinesa.

Digo isso, não só para fazer justiça ao Lula, mas até para que os que classificam Lula como um adversário a ser combatido, tenham uma idéia da importância e da força política e prestigio desse governo entre essas camadas mais desassistidas.

Não lutamos contra a ditadura, pela democracia, pelas diretas, contra o FHC e para eleger o Lula,para agora perdermos o direito de escolher quem irá sucedê-lo.

Agora temos a Internet para organizar as pessoas que querem aprofundar as mudanças.

E que assim como temos o conhecimento e a experiência de gestão do setor elétrico, conhecemos centenas de outras pessoas que tem o mesmo conhecimento e experiência nos demais setores da saúde, da habitação, do transporte público, do saneamento, da economia...

E que nos tempos do Geisel, do Figueiredo, etc, essas pessoas ou as mais velhas, se organizavam por cartas, em seminários, conferencias, ou mesmo através de visitas, artigos, etc, na construção dessas políticas.)

É inacreditável como agora, mesmo com a facilidade da Internet, essas pessoas ainda não se dispuseram a organizar-se pela internet em um movimento pelas mudanças em torno dessas políticas públicas. Pelo menos para que não se perca, por meio da inexorável morte física dos indivíduos, a enorme experiência acumulada, que deveria ser transmitida de forma organizada, aos mais jovens que tentam trilhar o mesmo caminho.

Essa organização pela internet poderia aprender muito com a "Organização para a América" que o Obama acaba de fundar para apoiar seu governo.

Aqui, por favor, peço que ninguém perca seu tempo espinafrando o Obama, convencendo-nos de suas limitações,fragilidades , compromissos com a elite, etc

Entendamos bem, por favor e de uma vez por todas:

Eu admiro e recomendo que examinemos a forma de organização pela internet que ele usou para organizar seus apoiadores e a proposta de fazê-los continuar organizados nesse movimento de "Grass Roots" ( raiz de grama ) de que ele tanto fala.

Ok?

Entendemos bem?

Estou interessado no uso da ferramenta internet para organizar pessoas que querem mudar a sociedade brasileira.

Entendemos mesmo?

Por favor: peço que não percam seu tempo desancando o pau no Lula e dizendo que ele fez muito pouco em seu governo para mudar o Brasil. Um governo não muda um país.Quem muda um país é o seu povo, mas para isso é preciso que este povo esteja organizado.

Estou falando de usar a internet para organizar pessoas que, como eu e você, queremos mudanças bem maiores do que as que o Lula fez, ou melhor que conseguirá ter feito até o ano que vem.

Isso pode e deve incluir pessoas que acham que as mudanças até agora são muito poucas ( como Você) e as que como eu, acham que elas podem ter sido muito grandes para alguns setores nos quais eu não me encontro incluído, como as dezenas de milhões que antes do Bolsa Família, não comiam o mínimo necessário ao seus sustento.

Ao contrário: vamos usar nosso tempo para pensar numa ferramenta, num programa, num sistema, que organize pela internet, em torno de acelerar a s mudanças que o Brasil precisa, as milhares de pessoas com capacidades e conhecimentos nas várias áreas das políticas publicas:

De saúde

De educação

De saneamento

De ambiente

De habitação

De energia

De mineração

Da produção agrícola e florestal

Da produção industrial

Da segurança publica

Do sistema financeiro

De comunicações

De mídia

De alimentação e combate á fome

Da reforma agrária

De esportes

De inclusão social

Etc,etc

Proponho que tentemos pelo menos em princípio , não nos envolvermos em disputas distinguindo-nos por afeição maior ou menor por partidos, pessoas, candidatos,etc.etc.

Vamos tentar algo em torno de políticas públicas e não em torno de pessoas públicas...

Chega de personalismo.

Chega de “Culto” ou “Abominação” das personalidades...

Chega de Grandes Irmãos...

Ou Grandes Irmãs....

Sem personalismo.

Nem a favor.

Mas nem contra.

Sugiro Roberto, que nesse ponto, interrompamos nosso debate para dar a oportunidade de que mais companheiros opinem.

Imagine, Roberto e demais companheiros, que aqui nesse nosso blog ( que queremos transformar em Portal o quanto antes, exista um menu, no qual os itens acima, De educação, De saneamento, De ambiente, De habitação, De energia, etc identificam os locais onde o usuário encontrará as principais políticas públicas que esse um ou dois milhares de pessoas acreditem sejam soluções viáveis para o país.

Dentro , por exemplo, do menu "Energia" estivessem todas as políticas que acreditássemos adequadas.



4.1 ENERGIA ELÉTRICA - GERAÇÃO

4.1.1 PRIORIDADE DAS ENERGIAS RENOVÁVEIS

4.1.1.1 HIDROELÉTRICA

4.1.1.2 EÓLICA

TÉRMICAS A BIOMASSA

AQUECIMENTO SOLAR

FOTOVOLTAICA

MAREMOTRIZ

4.1.2 PAPEL DOS HIDROCARBONETOS FÓSSEIS

4.1.3 PAPEL DOS COMBUSTÍVEIS FOSSEIS RADIOATIVOS



4.2 ENERGIA ELÉTRICA - TRANSMISSÃO

4.3 ENERGIA ELÉTRICA - DISTRIBUIÇÃO


É claro que em algum ponto, ou em vários pontos, mesmo dentro de nós, existiriam opiniões distintas sobre algo.

Mas na maioria dos casos, estaríamos de acordo.

No caso de desacordo essas políticas especificar receberiam uma observação ou classificação de "Não Consensual", que seria atribuída por uma instância de direção da área de conhecimento, depois de uma avaliação sobre os fundamentos da oposição apresentada por algum membro ou grupo de membros da comunidade.

O resultado até aqui seria um portal com as principais políticas publicas consensuais para o Brasil.

Essas políticas estariam reunidas em um único portal de acesso.

E estariam sendo propostas não só por pessoas muito conhecidas em cada área, mas pouco conhecidas e até desconhecidas.

Que poderiam ou não tornar públicos seus apoios, em listas de assinaturas, conforme lhes parecesse melhor.

Os apoios seriam dados não só por aqueles que as elaboraram para o portal, mas por aqueles que as corrigiram, emendaram, ou simplesmente, visitaram aquela página e apoiaram aquela política pública específica, para a área de energia, por exemplo.

Vamos até aí por enquanto: chamemos a essa primeira fase de "O Portal das Políticas Públicas Brasileiras" .

Alguns podem estar achando parecido com o sistema do Wikipédia, eu sei.

E é mesmo!

O que faríamos com esse Portal, tentarei explicar depois.

AS POLITICAS REALMENTE PUBLICAS DEVEM , PRIMEIRO, SE TORNAR DE CONHECIMENTO PUBLICO!

SÓ DEPOIS DISSO, OS CANDIDATOS QUE MAIS SE APROXIMAREM DELAS, É QUE SERÃO LEGITIMADOS POR AQUELES QUE MAIS CONHECEM ESSAS POLÍTICAS !

Invertemos o sentido da coisa!

Deixaremos de ser "a assessoria do fulano", "da fulana"...

E vejam que vantagem: poderíamos ter não só um , mas vários candidatos comprometidos com essas políticas!

Aquele que tivesse além desse comprometimento, maiores qualidades de reunir apoio dos eleitores, ganharia....

Mas estaria mais comprometido com as políticas realmente públicas do que hoje!

Entendeu Roberto, até aqui, o que proponho?

Afinal, para que serve o conhecimento se não for tornado público e democratizado?



Um abraço a todos.

Aguardamos seus questionamentos!

Lembrem-se, parafreaseando o  que disse o Obama, com relação a Washington e a America,
"A mudança virá de todo o Brasil, não de Brasília!"



Ivo Pugnaloni